Quintas do Saber aborda Créditos de Carbono: Mercado e Regulação

Por Daniel Bruce
Comunicação CFC

A edição do Quintas do Saber desta quinta-feira (17) colocou em pauta o tema “Créditos de Carbono: Mercado e Regulação”. O programa foi ao ar das 15h às 17h, na sede do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), em Curitiba. Promovido pelo Sistema CFC/CRCs, o evento contou com transmissão simultânea tanto no canal do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), no YouTube, quanto da Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon). 

As palestras foram apresentadas pela vice-presidente Técnica do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Ana Tércia Lopes Rodrigues; a conselheira do CFC, Ana Luiza Pereira Lima; e o coordenador do Projeto Nova Fronteira — Economia Verde, ex-presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ) e ex-secretário de Fazenda do RJ, Nelson Rocha.

Durante o evento, Ana Tércia destacou o trabalho do grupo de trabalho (GT) de Créditos de Carbono no âmbito do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e de Sustentabilidade (CPCS), que já coloca em debate as questões que envolvem a temática de créditos de descarbonização.

 A vice-presidente Técnica do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) pontuou, ainda, que o “GT Crédito de Carbono foi constituído pelo CPCS no segundo semestre de 2022, visando alcançar entendimentos que pudessem culminar com uma orientação relativa à contabilização de ativos créditos ambientais”.

As mudanças climáticas têm sobressaltado a comunidade nacional e internacional sobre a necessidade de adoção de medidas para reduzir a emissão de CO² na atmosfera. 

Nessa esteira, os países reunidos na COP21 em 2015 assinaram o Acordo de Paris — destaque-se, em especial, o art. 6º que prevê a compensação de créditos de carbono entre os países. O Brasil detém hoje cerca de 40% do estoque de CO² retido do planeta, o que o coloca como grande protagonista dessa nova economia verde.

Para Nelson Rocha, diante do mundo atual, a definição de valor econômico mudou. “Não importa de que corrente você é. Se é Marxista ou qualquer outra, o conceito mudou. Anteriormente considerava-se apenas o serviço ou o produto, não se considerava desde a extração do recurso natural e o que isso representava para a sociedade”, pontuou o especialista.

Ainda segundo o coordenador do Projeto Nova Fronteira — Economia Verde, é preciso estar atento  aos principais aspectos do mercado de carbono regulado, que é aquele no qual há a obrigatoriedade de se atingir metas para a redução da emissão de carbono no mundo.

“No Brasil, essa regulação ainda está um pouco lenta. Porém, há essa preocupação no governo federal para que o processo de regulamentação seja acelerado e possamos ter uma legislação local que defina metas para determinados segmentos econômicos”, finalizou Nelson.

Para assistir ao Quintas do Saber, na íntegra, acesse o canal do CFC no YouTube. Clique aqui

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